Editorial
FOTO: Jefferson Rudy/Agência Senado
O recesso parlamentar já se instaurou no Senado, mesmo antes do extenso período oficial em que parlamentares da Câmara Alto descansam – pela segunda vez no ano – de sessões e compromissos na política nacional. Há dias, talvez desde meados de novembro, nada acontece na casa.
Tudo está parado e apenas, vez ou outra, algum senador se mete a falar com a imprensa sobre alguma situação pontual do Brasil ou comentar o que supostamente será votado ali – mas tudo no tempo futuro, naquele futuro rastejante que sequer pode acontecer.
A estagnação incomoda porque o existem pautas relevantes ao país na mesa dos senadores. O projeto Anticrime, por exemplo, proposto pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, está parado. Ainda lá no último mês de julho, a expectativa era que fosse votado o quanto antes no Senado.
Nenhuma justificativa sensata foi mencionada para tanto, apesar de diversos percalços causados pelos próprios membros do Congresso Nacional entre rusgas e vaidades diante do Executivo.
Os noticiários discriminam, aliás, o descaso do Senado quanto ao tema: falou-se em desidratação com sugestão de retiradas de itens, críticas de especialistas com mais reticências do que firmezas e, claro, alterações no texto principal que atrasam o processo.
Empurrar para o “ano que vem”, desdenhar de propostas contundentes do governo e falar mais do que legislar tornam a atual legislatura do Senado iguais as anteriores, ou seja, repletas de morosidades, egos acima do ofício e de ombros com a urgência do Brasil em acelerar mudanças.
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