O Dia Mundial de Luta Contra a Aids, lembrado no último domingo (1º), é uma fração mínima de todas as marcas e conquistas globais no que diz respeito a políticas públicas do HIV. A cada ano, eventos e movimentos alusivos ao tema são importantes para se desenvolver e reforçar o combate à Aids e, ao mesmo tempo, estabelecer o entrelaçamento de comunicação, promover troca de informações e experiências, e de criar um espírito de tolerância social.
A mensagem é mostrar à sociedade que, hoje, é possível viver com o HIV, apesar da Aids ainda ser uma realidade que preocupa. O Dia Mundial da Luta Contra a AIDS dá a ocasião de se falar da infecção por HIV e da AIDS, sem preconceitos, sem estereótipos e sem falsas informações. Atualmente, 75% das pessoas vivem com o vírus e conhecem seu estado sorológico.
A meta da ONU é garantir que até 2020 esse número chegue a 90%, e desses, pelo menos 90% dessas pessoas recebam tratamento e entre os que recebem tratamento, 90% tornem indetectáveis – estado em que a pessoa não transmite o vírus e consegue manter qualidade de vida sem manifestar os sintomas da Aids. No Brasil, mais de 92% das pessoas em tratamento já atingiram esse estado de estarem indetectáveis.
Existem mais números positivos sobre o tema, fornecidos pelo Ministério da Saúde, que também devem ser levados em conta na reflexão sobre o combate à Aids, pertinente ao longo de todo mês de dezembro. O Brasil conseguiu evitar 2,5 mil mortes por Aids entre os anos de 2014 e 2018. Nos últimos cinco anos, o número de mortes pela doença caiu 22,8%, de 12,5 mil em 2014 para 10,9 mil em 2018.
No entanto, outro número importante neste contexto provoca uma ruptura incontestável e que justificada as ações globais como a de 1º de dezembro: acredita-se que 135 mil pessoas vivem com HIV no Brasil e não sabem. Apesar de todos os progressos ao longo de décadas no combate ao HIV e à Aids, ainda já muito o que se fazer em termos de prevenção, além de integração e suporte social.
