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BC diz que tem autonomia e vai agir de maneira independente para controlar a inflação

Em evento, Campos Neto disse que as eleições de 2022 serão polarizadas

Por Da Redação
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BC diz que tem autonomia e vai agir de maneira independente para controlar a inflação

Foto: Agência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse na última quarta-feira (8), durante um evento virtual promovido pelo Credit Suisse, que a instituição tem autonomia e vai agir de maneira independente com os instrumentos que tem à disposição para controlar a inflação. Ele afirmou ainda que o BC sabia da crise energética, mas nunca esperou que ela fosse assumir o formato que tem hoje. 

Campos Neto também ponderou que muitos choques ocorreram na economia, com o núcleo da inflação, ficando “muito mais alto” do que o BC gostaria, e com a autoridade monetária vendo reflexos dessa deterioração na parte longa da curva de juros. “Achamos que é muito importante agir rápido nisso, para assegurar que não haja desancoragem no sistema que gere uma inflação inercial indo muito mais alta”, afirmou ele em inglês.

“O que precisa ser dito é que nós temos autonomia, vamos agir de maneira independente com os instrumentos que temos, achamos que os instrumentos que temos vão fazer o trabalho e precisamos nos certificar que vamos comunicar isso com sabedoria”, completou.

A mensagem de Campos Neto vem em meio ao forte avanço de preços na economia neste ano, influenciado pela crise hídrica e pela desestabilidade do governo federal. O quadro de múltiplos choques tem feito as expectativas para inflação em 2022 também piorarem. Contudo, ele afirmou que há uma distância grande entre as projeções do mercado, mais altas, e da autoridade monetária, mais baixas, para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano que vem.

Agentes de mercado têm piorado continuamente as projeções para inflação, agora em 7,58% para este ano e 3,98% para o ano que vem, conforme boletim Focus mais recente. O centro da meta oficial em 2021 é de 3,75% e para 2022 é de 3,50%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Já o BC, em sua última estimativa pública, feita em agosto, previu a inflação exatamente no centro da meta para 2022, a 3,5%, com uma alta de 6,5% neste ano.

Eleições

Ainda no evento, Campos Neto afirmou que as eleições presidenciais são um fator importante e que serão polarizadas, o que tem impacto na volatilidade. Mas ele reiterou que o BC terá atuação independente nesse cenário.

“Temos que entender como (as eleições) impactam nosso mandato e se traduzem em inflação e crescimento. O que podemos fazer, de nossa parte, é dizer que vamos usar os instrumentos que tivermos para garantir que a gente atinja a meta (de inflação) e temos completa autonomia agora e vamos usar isso, no sentido de que nosso único compromisso é assegurar que atinjamos as metas”, disse.

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