Biocurativo feito em impressora 3D ajuda a tratar queimaduras
Segundo a pesquisa da 3DBS, o uso de células dos pacientes em um biocurativo 3D pode ajudar na recuperação e reduzir o índice de rejeição de fármacos

Foto: Foto/Reprodução
A impressão 3D, uma das tecnologias mais comentadas nos últimos anos, produz itens como óculos de sol e até na construção de uma casa. Com uma série de pesquisas, especialistas chegaram à bioimpressão, que permitiu a criação de biocurativos feitos de pele artificial e que estão sendo desenvolvidos para ajudar nos tratamentos de pessoas com queimaduras.
Uma queimadura de 3º grau, por exemplo, atinge diferentes camadas da pele, como derme, epiderme e até hipoderme, o que dificulta o processo de cicatrização e permite o surgimento de infecções.
Ana Luiza Millás, fundadora e diretora de pesquisa da 3DBS, startup brasileira especializada em bioimpressão, diz que o uso de células dos pacientes em um biocurativo 3D pode acelerar o processo de recuperação e reduzir o índice de rejeição de outros fármacos, como pomadas.
“A gente pega células humanas da pele, que são fibroblastos, melanócitos e queratinócitos, carrega no cabeçote da bioimpressora e o equipamento vai reconstruir esta pele camada por camada”, explica Millás.
Segundo Millás, a 3DBS atua no desenvolvimento de uma pele artificial que poderá ser utilizada por hospitais especializados em pacientes com queimaduras. Mas, para chegar ao uso médico, a nova tecnologia deve passar por uma série de fases, como testes dos curativos feitos em impressora 3D em animais e também a elaboração de uma logística.