Boeing reforça supervisão após incidente no Voo 1282 da Alaska Airlines

A Boeing anunciou, nesta segunda-feira (15), medidas para fortalecer a supervisão e garantir a qualidade de suas aeronaves. As mudanças ocorrem após o incidente no voo 1282 da Alaska Airlines, no qual uma parte do avião caiu durante o voo. A empresa afirmou que, além de realizar inspeções extras na linha de produção do 737, permitirá que as companhias aéreas acessem diretamente suas fábricas, além das instalações da empreiteira Spirit AeroSystems, responsável pela construção da fuselagem do Max 9.

O CEO da Boeing Commercial Airplanes, Stan Deal, disse que o incidente evidenciou a necessidade de melhorias. A explosão da porta do voo 1282 em 5 de janeiro levou à suspensão dos aviões Max 9 pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA).

"Essas verificações fornecerão mais uma camada de escrutínio além das milhares de inspeções realizadas hoje", afirmou Deal no memorando, acrescentando que a empresa está revisando suas práticas de qualidade em fábricas e no sistema de produção como um todo.

A Alaska Airlines, afetada diretamente pelo incidente, já iniciou inspeções preliminares em 20 de seus Max 9 e está intensificando a supervisão de qualidade na linha de produção da Boeing. A companhia aérea está conduzindo uma revisão completa da qualidade de produção e dos sistemas de controle da Boeing.

A FAA, por sua vez, está conduzindo inspeções de emergência enquanto as companhias aéreas Alaska e United aguardam orientações para retomar os voos dos Boeing 737 Max 9. A agência também anunciou uma auditoria nas práticas de produção da Boeing e está considerando a possibilidade de envolver uma terceira parte para supervisionar a qualidade da fabricante.

O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes está atualmente investigando o incidente, com a tampa da porta sendo enviada para exame em sua sede em Washington, DC.