Boris Johnson não vai apoiar nenhum candidato ao seu cargo
Regras e o cronograma da corrida para substituir Johnson vão ser definidos esta semana pelo Comité de 1922

Foto: Facebook/Boris Johnson
O ainda primeiro-ministro britânico Boris Johnson afirmou, em sua primeira aparição pública desde que renunciou ao cargo de líder conservador, que não apoiará nenhum candidato a seu sucessor porque não quer “prejudicar as hipóteses de ninguém”.
“Nos últimos dias e semanas, a função constitucional do primeiro ministro, nesta situação, é cumprir o mandato e é isso que estou a fazer. O meu trabalho é apenas vigiar o processo”, afirmou à ”BBC”. Por fim, ele prevê que o resultado da eleição da liderança será “bom”.
Entre os onze candidatos declarados (com mais esperados nos próximos dias, nomeadamente da secretária de Estado para os Assuntos Internos do Reino Unido, Priti Patel), o ex-ministro da Economia Richi Sunak é o favorito, seguido da ministra do Estado Penny Mordaunt e da secretária de Estado para os Negócios Estrangeiros Elizabeth Truss, segundo as casas de apostas.
Outros nomes, incluem o ministro dos Transportes, Grant Shapps, o presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da Câmara dos Comuns, Tom Tugendhat, a procuradora-geral Suella Braverman, a ex-secretária de Estado para a Igualdade Kemi Badenoch, o ex-ministro da Saúde Sajid Javid, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Jeremy Hunt, o novo ministro da Economia, Nadhim Zahawi, e o membro da Câmara dos Comuns Rehman Chishti.
Boris Johnson se viu obrigado a deixar o cargo depois de mais de 50 membros do governo terem se demitido após ter vindo a público o seu conhecimento dos casos de assédio sexual de Chris Pincher antes de o nomear para uma posição no Executivo britânico. Contudo, o seu mandato já estava desgastado pelos problemas derivados do Brexit, que deixa como legado, ou o caso ‘partygate’, que lhe retirou apoio popular.
As regras e o cronograma da corrida para substituir Johnson vão ser definidos esta semana pelo Comité de 1922, um influente grupo que reúne deputados conservadores sem pasta. Os ‘tories’ terão um novo líder até outubro, quando se realiza o seu congresso anual.