Brasil abre quase 20 mil leitos de UTI, mas distribuição é desigual

Último registro onde as unidades foram repartidas igualmente foi em fevereiro

Por Da Redação
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Brasil abre quase 20 mil leitos de UTI, mas distribuição é desigual

Foto: Reprodução/ G1

Um total de 19,8 mil leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foram abertas pelo Brasil com exclusividade para tratamento da Covid-19 durante a pandemia de Covid-19, um aumento de 45% em relação aos 45,4 mil leitos que funcionavam antes da doença. Entretanto, um levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina revelou que o aumento foi de modo desigual entre a rede privada e o Sistema Único de Saúde.  

Atualmente, a divisão desses leitos de UTI estão com 8.764 na rede pública e as demais, um total de 11.061, estão vinculadas ao setor privado e suplementar. O último registro de quando as unidades eram dividas corretamente foi em fevereiro deste ano. 

Ainda de acordo com o conselho, antes da pandemia 14 Estados ofertavam menos leitos de UTI do que o recomendado por especialistas, ou seja, de 1 a 3 unidades a cada 10 mil habitantes. Só o Sudeste concentrava 52% das unidades da rede pública até o começo do ano. "Já tínhamos o sistema à beira do caos em muitos lugares. Com a pandemia, aconteceu uma catástrofe", afirma Donizetti Giamberardino, primeiro vice-presidente do CFM. "Em Estados onde a rede era insuficiente, esperamos que sejam mantidos os leitos."

O país tem 30% de leitos de UTI exclusivos para tratamento da Covid-19. Em seis Estados esses espaços representam mais de 40% da oferta total de unidades para tratamento de pacientes graves, independentemente da doença. O maior porcentual , de 46%, está no Piauí. Em São Paulo, são 29% dos leitos.

O Ministério da Saúde não se manifestou sobre as informações do levantamento, mas informou em entrevista nessa segunda-feira (3), que o governo financia 11.353 leitos exclusivos da Covid-19, no qual cada um recebe uma diária no valor de R$ 1.600.

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