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Brasil após o Sete de Setembro

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Brasil após o Sete de Setembro

Por Erick Tedesco
Brasil após o Sete de Setembro
Foto: Gilberto Junior

É pertinente e passível de pontual reflexão uma determinada fala do governador da Bahia, Rui Costa, ontem, minutos antes de subir à cabine das autoridades para acompanhar, no Campo Grande, o desfile alusivo ao Sete de Setembro. A data serve para pensar e, por que não, sonhar um futuro mais soberano e moderno do Brasil.

É também sobre patriotismo, sem dúvida, mas a ideia de Rui é um exercício cívico ainda maior. Não que isso seja um debate inédito ou primeiro externado pelo governador baiano; ele apenas é aqui mencionado porque trouxe a reflexão à mesa justamente num dia emblemático à nação.

Podia ser ACM Neto? Podia, só que o prefeito, talvez por falta de indagação dos jornalistas, se ateve principalmente à opinião de que o Dia da Independência é o dia do ‘verde e amarelo’. Errado ele não está, ao menos.

No entanto, vislumbres são sempre mais interessantes, prolonga pensamentos. Falar em “próximos passos da nação”, além disso, remete ao próprio processo da Independência, no século 19. A historiografia estabelece a chegada da família real ao Brasil, em 22 de janeiro de 1808, como o ponto de partida, e cujo término extrapola o Sete de Setembro de 1822.

Nos anos subsequentes, diversos outros fatos históricos são relevantes ao processo de emancipação: a primeira Constituição, de 1824, o movimento separatista e com nuances republicanas (Confederação do Equador) fomentado por latifundiários de alguns estados do Nordeste neste mesmo ano, além da sucessão do trono em 1826 com a morte de D. João VI e o apelo para a volta de D. Pedro I a Portugal, que de fato acontece em 1831 após uma série de destemperos, crise econômica, aumento da miséria no Brasil e muitas coisas, que seriam demais para mencionar numa única crônica.

Se seguirmos a linha histórica do Brasil, somente no século 19 nos deparamos com revoltas e disputas por todo o Império, um interminável embate de forças e ideias que tentavam - em determinados momentos até conseguiram - moldar a concepção de independência. A construção de uma nação é atemporal e por isso que, a cada Sete de Setembro, é pertinente pensarmos onde chegamos e onde ainda podemos chegar.   

 

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