Brasil despenca ao menor nível em 10 anos no número de mamografias
A detecção precoce do câncer é essencial para que os tratamentos tenham sucesso

Foto: Reprodução G1
No primeiro trimestre deste ano, o número de mamografias realizadas por mulheres no Sistema Único de Saúde (SUS), despencou ao menor nível em 10 anos.
Em janeiro, fevereiro e março 751.525 mil exames foram feitos pelo SUS, 24,3% menor que o registrado no fim de 2019, no último trimestre antes da pandemia do novo coronavírus no Brasil.
As mamografias de rastreamento de câncer teve a maior queda, com 26,4% no primeiro trimestre deste ano comparado ao mesmo período em 2019. O Ministério da Saúde e a OMS, recomenda este exame para mulheres sem sinais e sintomas, entre 50 e 69 anos, a cada dois anos.
A mamografia diagnóstica apresentou uma redução de 2,7%, tipo de exame que pode ser solicitado em qualquer idade, a com orientação de um médico.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), a estimativa é que no Brasil ocorram 66.280 novos casos de câncer de mama, para cada ano do triênio 2020-2022, correspondendo a um risco de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres no país.
A detecção precoce do câncer é essencial para que os tratamentos tenham sucesso pois esse tipo de tumor pode aumentar em um curto espaço de tempo. Esses atrasos nos diagnósticos durante a pandemia podem ocasionar uma alta no número de mulheres que descobrirão tardiamente a doença.