• Home/
  • Notícias/
  • Brasil/
  • Brasil lidera índice desinformação sobre vacina na América Latina, aponta estudo

Brasil lidera índice desinformação sobre vacina na América Latina, aponta estudo

Desenvolvido pelo Laboratório de Estudos sobre Desordem Informacional e Políticas Públicas da FGV, o estudo mapeou 81 milhões de mensagens publicadas em 1.785 comunidades digitais

Por Da Redação
Às

Brasil lidera índice desinformação sobre vacina na América Latina, aponta estudo

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Um estudo, elaborado pelo Laboratório de Estudos sobre Desordem Informacional e Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas apontou que o Brasil lidera o índice de desinformação sobre vacinas na América Latina.

O estudo Desinformação Antivacina na América Latina e no Caribe (Anti-vaccine Disinformation in Latin America and the Carribean) mapeou 81 milhões de mensagens publicadas em 1.785 comunidades de teorias da conspiração do Telegram, entre os anos de 2016 e 2025, em 18 países da América Latina e do Caribe. Também foram identificados 175 supostos danos que teriam sido atribuídos às vacinas e 89 falsos antídotos que estavam sendo vendidos como uma forma de neutralizar seus efeitos.

Segundo o levantamento, 40% de todo material de desinformação sobre vacinas obtido no Telegram circularam no Brasil. Além disso, o país também lidera o número de usuários ativos que participam de comunidades conspiratórias sobre vacinas, sendo responsável por mais de 580 mil conteúdos falsos ou com desinformação sobre imunização.

Entre os líderes desse ranking também estão a Colômbia, com 125,8 mil mensagens falsas; o Peru, com 113 mil, e o Chile, com 100 mil publicações com conteúdos falsos.

Conteúdos mais comuns

Entre os conteúdos mais comuns que circularam nos grupos analisados, estava o de que a vacina provoca morte súbita (15,7% do total das mensagens mencionavam isso) ou altera o DNA de quem a toma (8,2%). Além disso, há também alegações de que a vacina provoca AIDS (4,3%), envenenamento (4,1%) ou câncer (2,9%).

Os grupos de teorias conspiratórias também apontam possíveis “antídotos” contra as vacinas, como ficar descalço no solo para limpar energias do corpo (2,2% das mensagens mencionavam isso) ou comprar dióxido de cloro (1,5%). 

No entanto, segundo o Ministério da Saúde, essas informações são totalmente erradas e podem, inclusive, provocar danos à saúde da população.

O dióxido de cloro possui venda controlada e é categorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como saneante — destinado à higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar, em ambientes coletivos e públicos, e no tratamento de água.

Pandemia

O nível de desinformação sobre vacinas foi ainda mais intenso durante a pandemia de covid-19. Segundo um levantamento feito pelo DesinfoPop, as postagens sobre vacinas em comunidades conspiratórias nos países da América Latina e Caribe cresceram 689,4 vezes entre os anos de 2019 e 2021, passando de 794 posts em 2019 para 547.389 em 2021.

Após isso, o volume de desinformação voltou a diminuir, no entanto, continuaram altos: em 2025, com dados até o mês de setembro, ainda circulam 122,5 vezes mais conteúdo antivacina do que em 2019, somando cerca de 97 mil postagens.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário

Nome é obrigatório
E-mail é obrigatório
E-mail inválido
Comentário é obrigatório
É necessário confirmar que leu e aceita os nossos Termos de Política e Privacidade para continuar.
Comentário enviado com sucesso!
Erro ao enviar comentário. Tente novamente mais tarde.