Brasil poderá ter a maior taxa de desemprego do mundo em 2022

Desde 2016, o desemprego no país supera dois dígitos

Por Da Redação
Ás

Brasil poderá ter a maior taxa de desemprego do mundo em 2022

Foto: Reprodução

O Brasil deve registrar umas das maiores taxas de desemprego do mundo em 2022, conforme um levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, elaborado a partir das novas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia global.

No ranking, que compilam projeções do FMI para um conjunto de 102 países, o Brasil aparece com a 9ª pior estimativa de desemprego no ano (13,7%), ficando acima da média global prevista para o ano (7,7%), da taxa dos emergentes (8,7%) e é a 2ª maior entre os membros do G20 – atrás apenas da África do Sul (35,2%).

Em 2021, a taxa média de desemprego no Brasil foi de 13,2%, contra 13,8% em 2020, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com base na sondagem da Austin, o Brasil registrou a 16ª pior taxa de desemprego do mundo em 2021. No ano anterior, havia ficado na 22ª posição no ranking.

A agência realiza uma projeção menos pessimista que a do FMI para o desemprego do Brasil em 2022. Diante disso, é projetado uma taxa média de 13%, o que colocaria o Brasil na 11ª posição no ranking. “Ainda que a estatística tenha algum ajuste, a realidade não se muda. Ainda será uma posição lamentável”, diz o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, autor do levantamento.

Em outros países emergentes, as taxas previstas estão em patamares bem menores. Na China, por exemplo, a projeção é de uma taxa de desemprego de 3,7% em 2022. Para a Rússia, que está em guerra, a estimativa é de 9,3%. Na América do Sul, Argentina (9,2%) e Chile (7%). o desemprego também tem patamar mais baixo.

"Quando a gente pega aqueles países que são diretamente comparáveis com o Brasil, como Grécia, Peru e até a própria Argentina todos esses tem uma perspectiva melhor", destaca Agostini.

O desemprego supera os dois dígitos no Brasil desde 2016. A mínima da série histórica do IBGE foi registrada em 2014, quando ficou em 6,9%.

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