Briga comercial entre China e EUA pode beneficiar exportação do algodão baiano
Bahia entra na reta final da colheita da fibra

Foto: Reprodução / Abapa
A briga comercial entre a China e os Estados Unidos (EUA) promoveu uma queda acentuada de 30% no valor do preço da pluma, que é a forma que o algodão é comercializado. No entanto, essa mesma disputa pode aumentar o comércio internacional com os países asiáticos, que compram 85% da pluma brasileira.
Segundo o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Júlio Cézar Busato, que participou recentemente de uma comitiva à Ásia visando incrementar a exportação do algodão baiano, os asiáticos podem pagar mais pela qualidade e confiabilidade no processo de classificação e análise.
"Apesar da baixa dos preços do algodão, os produtores baianos não querem perder o espaço que já conquistaram ao longo dos anos”, afirmou, ao reforçar que acredita no ciclo de investimentos dos produtores da segunda maior cultura do oeste baiano.
A Bahia entrou na reta final da atual safra de algodão 2018/2019 com 97% da colheita concluída. A estimativa é que a colheita seja recorde: 1,5 milhão de toneladas (caroço e pluma), superando em 300 mil toneladas da última safra de algodão.O período do vazio sanitário ocorrerá entre os dias 30 de setembro a 30 de novembro.
Vazio Sanitário
Em virtude do ciclo prolongado que sofreu interferência das chuvas no final do mês de abril, o vazio sanitário, que teria início na última sexta-feira (20), foi prorrogado pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) por mais dez dias, depois de pleito dos produtores, através da Abapa.
A estiagem de janeiro provocou leve queda de produtividade, de 315 arrobas de pluma/hectare da safra passada para 302 arrobas. O incremento de 15% da safra de algodão em relação ao ano passado foi motivado pelo aumento de 25,5% de área cultivada, principalmente na região Oeste da Bahia, alcançando os 331.028 mil hectares.