Bruno Reis vê alfinetada de Lula a ACM Neto como reação à federação: 'força política significativa'
Prefeito comentou desembarque dos partidos e teceu críticas à gestão federal

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O prefeito Bruno Reis (União) avaliou o ataque recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a ACM Neto como uma reação incômoda à federação entre o PP e União Brasil, oficializada no dia 19 de agosto. Na quinta-feira (4), durante agenda em Minas Gerais, o petista relembrou a autodeclaração de Neto como pardo e disse que “tem gente branca querendo passar por negro”.
Segundo o gestor municipal, Neto foi alfinetado pelo presidente por ter sido "se não o principal, um dos principais responsáveis" pela união entre as legendas.
"O maior partido com o número de governadores, sete governadores. O maior partido com o número de prefeitos, de deputados estaduais, vereadores. Então, uma força política significativa que vai, de forma decisiva, influenciar nos rumos do país a partir de agora", disse Bruno.
O prefeito comentou ainda sobre a escolha da federação de desembarcar do governo federal. De acordo com Bruno Reis, o movimento não representa uma novidade, uma vez que as legendas "sempre manifestaram críticas" em relação ao atual governo.
"Um governo que, infelizmente, não performou. É evidente que o terceiro governo não teve o desempenho dos anteriores. Isso é um fato, é uma constatação. Não teve volume de entregas. Foram os mesmos programas requentados, mas sem ações significativas. A alta dos preços dos alimentos, a perda do poder de compra do cidadão, os juros exorbitantes que impedem o país de produzir e de crescer, somado a uma política internacional equivocada, somado efetivamente a uma forma de governar que ficou no passado. Infelizmente, o atual governo não conseguiu se conectar com a realidade atual, não conseguiu pacificar o país", avaliou o prefeito de Salvador.
As declarações aconteceram durante a celebração dos 203 anos da Independência do Brasil em Salvador, neste domingo (7). O prefeito e o governador Jerônimo Rodrigues (PT) hastearam as bandeiras do Brasil, da Bahia e de Salvador antes do início do tradicional desfile cívico.