'Cabe abertura de CPI, mas depende da Assembleia Legislativa', diz Tinoco sobre obras do VLT do Subúrbio
Segundo o vereador, não existe mais viabilidade da manutenção do contrato do projeto

Foto: Farol da Bahia
O vereador Claudio Tinoco (União Brasil), afirmou à imprensa nesta quinta-feira (3) que, conforme estudos feitos das auditorias do Tribunal de Contas do Município (TCM-BA), ele não tem dúvidas de que as obras paralisadas do monotrilho do Subúrbio, no qual era projetado a instalação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), cabe a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). No entanto, conforme o político, a decisão vai depender da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
"Eu sei que já tem iniciativa de proposição nesse sentido e cabe porque tem responsabilização, inclusive, aos gestores. São evidências muito graves de intervenção sobre o processo. Na minha opinião cabe sim, mas depende da Assembleia Legislativa. Até porque o contrato, ele é intermunicipal. Apesar do sistema que estava em funcionamento ser estritamente em Salvador, o estado licitou e contratou um sistema de integração, levando para Ilha de São João e Simões Filho. Então cabe a Assembleia Legislativa", destacou o vereador.
Para Tinoco, não existe viabilidade da manutenção do contrato de obras do governo da Bahia sobre o VLT. "O estado já ampliou em 85% o valor do contrato. A contra-prestação do estado já foi mais de 260% de aumento, eram R$ 100 milhões e agora são R$ 360 milhões. É quase três vezes a mais do valor inicial. Não existe mais viabilidade econômica e financeira", disse.
"Eu ainda acrescentou que os vícios e irregularidades, apontados pelo Ministério Público de Contas, que eles são graves, inclusive, com imputação de penalidades aos gestores e ex-gestores", pontuou.
Além disso, o parlamentar pontuou que, caso haja adesão da plenária na audiência, que é realizada nesta quinta-feira, na Câmara Municipal, pode haver a abertura de um abaixo-assinado sobre o tema voltado para a sociedade. "Vamos poder, quem sabe, estabelecer uma adesão eletrônica e digital, para que a sociedade possa se manifestar, no sentido do que a carta vai trazer, que é a perspectiva de cancelamento do contrato e o início da discussão de um novo projeto para o sistema ferroviário do Subúrbio".


