Câmeras corporais da PF registraram momento de apreensão de pendrive em banheiro de Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro publicou em suas redes sociais, em um tom sugestivo, que o objeto poderia ter sido colocado pela PF

Foto: Antonio Augusto/STF
Os investigadores da Polícia Federal (PF) que cumpriram os mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente de Jair Bolsonaro (PL) utilizaram câmeras corporais. Toda a ação foi registrada para prevenir possíveis acusações de irregularidades no decorrer da operação, de acordo com a apuração do Jornal Estado de S.Paulo.
A PF filmou toda a ação de busca e apreensão por meio das câmeras corporais dos agentes para evitar contestação dos investigados, incluindo a suposição de que um pendrive teria sido plantado no banheiro do ex-presidente. Como as imagens fazem parte de uma investigação sigilosa, elas ainda não foram divulgadas.
Na sexta-feira (18), Bolsonaro disse, em uma entrevista coletiva depois de colocar a tornozeleira eletrônica, que uma agente "pediu para ir ao banheiro e voltou com o pen drive na mão", insinuando desconhecer a natureza do objeto.
Quando perguntaram se ele induzia que um agente da PF poderia ter colocado o pendrive lá, ele voltou atrás na resposta: "Não estou sugerindo nada. Estou é surpreso. Vou perguntar para minha esposa se o pen drive era dela".
O deputado licenciado, Eduardo Bolsonaro (PL), publicou nas redes socias que o objeto poderia ter sido colocado no banheiro pela PF.
Os investigadores avaliam que a insinuação de Jair Bolsonaro poderia ser rebatida pelos registro feitos durante a ação. Os vídeos, contudo, provavelmente só devem ser disponibilizados se a defesa apresentar alguma contestação formal.
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