Caso Benício: Polícia Civil pede prisão de médica e técnica investigadas pela morte da criança no Amazonas
Profissionais são investigadas por prescrição e aplicação incorreta de medicação que causou morte do menino de 6 anos

Foto: Reprodução/Rede Amazônica
A Polícia Civil do Amazonas solicitou à Justiça a prisão preventiva da médica Juliana Brasil Santos e da técnica de enfermagem Raiza Bentes Paiva, investigadas pela morte de Benício Xavier, de 6 anos, após a aplicação e prescrição incorretas de adrenalina na veia da criança, em uma unidade de saúde, em Manaus.
A prisão de ambas profissionais foi solicitada após o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) revogar o habeas corpus preventivo concedido à médica. A Justiça não decidiu se aceita ou nega o pedido.
A decisão do TJAM foi emitida quatro dias após a Justiça negar o mesmo benefício à técnica de enfermagem Raiz Bentes, responsável pela aplicação da medicação, que havia sido prescrita de forma equivocada pela médica.
O pedido de prisão foi protocolado após o avanço das investigações conduzidas pelo 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Juliana e Raiza respondem ao inquérito em liberdade até o momento.
Em relação à médica Juliana Brasil, responsável pela prescrição médica que culminou na morte de Benício, a profissional pode responder pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso, após evidências de que ela teria utilizado carimbo e assinaturas com referência à especialidade de pediatria, mesmo sem possuir o título oficialmente reconhecido.
A defesa dela alegou, em depoimento à Rede Amazônica, que embora a mulher não possua título de especialista em pediatria, ela é formada desde 2019 e atuava legalmente na área, com experiência prática. A defesa ainda afirmou que a profissional pretendia realizar a Prova de Título neste mês de dezembro.
A Polícia Civil realiza análise de documentos e coleta depoimentos com o intuito de esclarecer as circunstâncias a cerca do atendimento e eventuais responsabilidades criminais.
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