Caso Cambridge Analytica: Mark Zuckerberg é processado por violação de lei de proteção ao consumidor
Procurador diz que presidente do Facebook sabia dos riscos no tratamento de dados pessoais dos usuários
Mark Zuckerberg, um dos cofundadores do Facebook, foi processado nesta segunda-feira (23) pelo procurador Karl Racine, de Washington, por enganação e violação de uma lei de proteção ao consumidor relacionada ao caso Cambridge Analytica.
A consultoria Cambridge Analytica é acusada de ter recolhido e utilizado, sem consentimento, os dados pessoais de 87 milhões de usuários do Facebook, aos quais a plataforma lhe deu acesso, para impulsionar a campanha do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2016.
De acordo com o procurador, Zuckerberg "estava ciente dos riscos" envolvidos no tratamento de dados pessoais dos usuários da sua plataforma e, como presidente, ele tinha "autoridade para controlar práticas enganosas e erros". Desde o escândalo da Cambridge Analytica, o Facebook removeu o acesso aos seus dados de milhares de aplicativos suspeitos de abusar dessas informações.
Em julho de 2019, as autoridades federais multaram o Facebook em US$ 5 bilhões por "enganar" seus usuários e impuseram controle independente sobre o tratamento de dados pessoais. Contactada pela AFP, a empresa não quis comentar.