Cloroquina aumenta risco de morte em pacientes, diz estudo
Das 96 mil pessoas analisadas, cerca de 15 mil foram tratadas com alguma variação ou combinação da cloroquina

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O uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina em pacientes do coronavírus pode aumentar o risco de morte em pacientes, de acordo com um estudo feito com com pacientes de 671 hospitais em todo o mundo, internados entre 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril deste ano. Das 96 mil pessoas analisadas, cerca de 15 mil foram tratadas com alguma variação ou combinação da cloroquina.
Nos dados, entre os pacientes que tomaram a hidroxicloroquina, houve aumento de 34% no risco de mortalidade e de 137% no risco de arritmias cardíacas graves. Quando combinada com antibióticos, a droga aumentou em até 45% o risco de morte nos pacientes e em 411% a chance de arritmia cardíaca grave.
O próprio presidente Jair Bolsonaro, que defende o uso do medicamento, disse que ele não tem comprovação científica de combate à doença, mas comparou a indicação medicamento à luta em uma guerra para justificar a defesa de liberá-lo para todos os pacientes.
A defesa de Bolsonaro do uso da cloroquina levou à saída dos ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.