Colheita, clima e tipo de vegetação nativa contribuem para aumento de queimadas na Bahia
Elas aumentaram 58% em comparação ao ano passado
Foto: Divulgação
A Serra do Mimo, localizada no estado de Barreiras, oeste baiano, pela segunda vez neste ano, em menos de um mês, enfrenta queimadas na vegetação. Com o acesso dificultoso ao local, o Corpo de Bombeiros da cidade foi acionado para controlar o fogo, porém, após a corporação realizar vistoria no local, informou que apenas voltará fazer nova análise se as chamas se aproximarem das casas próximas a serra, onde os caminhões conseguem chegar.
Nesta mesma ocasião, outro incêndio na região do Xingu, no estado do Tocantins precisou de reforço dos bombeiros, e parte dos brigadistas do estado de Barreiras foi acionado pelo Governo Federal para combater as queimadas, e não há previsão para retornar ao oeste.
E ainda de acordo com os bombeiros, as queimadas na região da Bahia aumentaram 58% em comparação ao ano passado. A Organização Nacional da Saúde (OMS) informa que os meses de agosto e setembro são tradicionalmente mais quentes do ano, e a umidade relativa do ar se encontra em 20%, o que torna pior o índice de queimadas.
Nesta época, a incidência está relacionada ao tempo de colheita de atividades agropecuárias, clima e tipo de vegetações nativas das regiões mais afetadas.
O emprego do fogo nos canaviais, por exemplo, é uma atividade regulada pelos órgãos ambientais estaduais e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), porém o decreto publicado no Diário Oficial da União (9.992/19) suspende o emprego do fogo e só prevê como exceções medidas de controle fitossanitário autorizado por órgão ambiental, medidas de prevenção e combate a incêndios e práticas de agricultura de subsistência de populações tradicionais e indígenas.
As ações de prevenção e combate aos incêndios florestais no Estado da Bahia se tornaram mais efetivas a partir de 2010, com a criação do programa Bahia Sem Fogo.
Coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o programa tem como objetivo dirigir as ações de prevenção, combate e monitoramento a incêndios em áreas de Unidades de Conservação (UCs) no estado, oferecendo infraestrutura e logística para as ações, quando necessário.
Canais de denúncia - A qualquer sinal de incêndio, ligue 193. Denúncias de queimadas ilegais e outros crimes ambientais também podem ser feitas pelo telefone 0800 071 1400, ou pelo e-mail denuncias@inema.ba.gov.br, diretamente nos balcões do Inema, na sede ou nas Unidades Regionais do órgão.
