Combate ao crime cibernético

[Combate ao crime cibernético]

FOTO: Divulgação

Ataque hacker, cibercrime ou crime virtual. Brechas na internet – e na legislação brasileira – trilhadas por criminosos para extorquir ou se beneficiarem de alguma informação, por meio de invasão de privacidade, provam como ainda há muito que se fazer em termos de segurança e responsabilidade social e penal na rede mundial de computadores (que completou 30 anos no último 12 de março).

O possível ataque hacker à privacidade das mensagens trocadas entre o ex-juiz e agora ministro Sergio Moro, com integrantes da Operação Lava-Jato, traz à tona uma discussão que peca por ainda não ser constante e rígida no Brasil, que segundo levantamento de empresas especialistas em segurança na web, é um dos países que mais sofrem com crimes cibernéticos.

Um estudo da Norton, marca referência mundial em segurança de dados e antivírus, publicou há dois anos que o Brasil foi o quarto país mais impactado por alguma ação hacker em 2016. Segundo o relatório anual da empresa, cerca de 42 milhões de residentes no Brasil foram afetado, cujos prejuízos foram de US$ 10,3 bilhões por conta dessas infrações, à época algo em torno de R$ 32 bilhões.

A McAfee, outro nome de peso em termos de segurança digital, também escancarou a fragilidade do Brasil quanto à prevenção a ataques hackers. No levantamento do ano passado, apontou que perdas das empresas brasileiras com crimes virtuais são de 10 bilhões de dólares, com o país como a segunda maior fonte de ataques virtuais no mundo.

Estes são alertas quantitativos para um olhar mais atento à Justiça no Brasil, no que diz respeito aos crimes cibernéticos, cujas atividades ilegais destroem economias e corroem instituições. Como facilitadores de atividades ilícitas, são passíveis de julgamentos e sentenças.

E, apesar do anonimato, é preciso evoluir com sistemas para se chegar à fonte do crime. Mais do que falhas na proteção de dados, a resposta imediata à violação é ter as ferramentas certas e todo o apoio de iniciativas públicas e privadas para caçar os infratores com veemência, além de punir toda a cadeia envolvida com o ataque hacker.
 


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