Combustível caro emperra aviação e só se tornará atraente se houver redução no preço da querosene
Alta carga tributária e excesso de judicialização são outros entraves para o setor

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Após a saída da Avianca, no ano passado, o mercado nacional de aviação civil ficou ainda mais concentrado. Atualmente, apenas três grandes companhias (Azul, Gol e Latam) operam as principais rotas domésticas.
Com a finalidade de reduzir o preço das passagens, o governo planeja ampliar a concorrência, atraindo novas empresas, sobretudo as chamadas low cost (de baixo custo) que começam a entrar no país operando com rotas internacionais.
No entanto, o principal obstáculo é o preço da querosene de aviação (QAV). No Brasil, esse item representa 40% dos custos do setor. Outro entrave é a excessiva judicialização. Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o alto número de processos pode significar gasto adicional de R$ 500 milhões para as companhias em 2020.
De acordo com a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) do Ministério da Infraestrutura. “As classes A e B voam. Porém, só o topo da C consegue voar. É esse público que queremos capturar”, destaca o secretário de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, que completa ao dizer que os brasileiros fazem 0,4 viagem per capita por ano. “Em mercados maduros, o indicador é de 1,5 e, nos avançados, dois”, compara.


