Comércio admite possibilidade de efetivar menos temporários
Com novas medidas de restrições, estabelecimentos podem ter queda de faturamento

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Com as novas medidas de restrição impostas pelos municípios e governos estaduais após o aumento dos casos de coronavírus, como a redução de horário de funcionamento, o setor comerciário se posicionou contra o endurecimento de algumas regras, pois teme consequências para as empresas e para a economia.
De acordo com o grupo industrial, uma das possibilidades é a redução da efetivação dos cerca de 220 mil trabalhadores temporários que ocupavam vagas abertas para o fim de ano, estimativa da Associação Brasileira de Trabalho Temporário (Asserttem), cuja expectativa do mês de dezembro é gerar 90 mil vagas.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o setor esperava uma "explosão" do trabalho intermitente coma retomada da economia, mas com a retomada das restrições, não há mais essa previsão. “A situação é muito ruim. E há uma série de medidas sem sentido que dificultam a vida do empresário. Em todo lugar do mundo buscou-se usar calçadas, espaços abertos, em São Paulo, por exemplo, aconteceu o contrário”, diz. Como vai contratar em definitivo se corre o risco de fechar as portas?”, questionou.
São Paulo é um dos Estados que retomou as medidas restritivas, reduzindo o funcionamento do comércio de 12 para 10 horas diárias e o horário máximo de bares e restaurantes de 23h para 22h. Outras localidades que também ampliaram as medidas foi Belo Horizonte (MG), onde passou a valer uma proibição de consumo de álcool em bares e restaurantes no último dia 7. Em Campo Grande (MS), o horário de funcionamento do comércio foi reduzido para até 21h. Já em Santa Catarina, o governo implantou restrições de circulação pelas ruas durante a madrugada.