Conflito entre Índia e Paquistão: entenda ataques que já deixaram pelo menos 38 mortos na Caxemira
Adversários históricos, ambos países possuem armas nucleares

Foto: Reprodução/CNN
A Índia realizou um ataque na terça-feira (6), à região da Caxemira, no Paquistão. Segundo o governo paquistanês, 26 morreram e 46 ficaram feridos. Por outro lado, a Índia fala em nove mortos.
Em resposta, o Paquistão atacou o distrito de Poonch, área da Caxemira que é controlada pela Índia, nesta quarta (7). Segundo autoridades locais,12 morreram e ao menos 38 ficaram feridos.
A Índia batizou a operação de Sindoor e afirmou que atingiu terroristas abrigados pelo país vizinho. O ministro da Defesa indiano, Rajnath Singh, afirmou que os ataques atingiram apenas aqueles que “mataram inocentes”. Já o Paquistão alega que há civis entre as vítimas.
Os países são adversários históricos e possuem armas nucleares. A Caxemira é uma região na cordilheria do Himalaia disputada tanto pela Índia quanto pelo Paquistão desde a independência de ambos do Reino Unido, em 1947.
Atualmente, o controle de fato da área é dividido entre os dois países, além da China, que controla uma porção ao leste. No último dia 22, homens armados abriram fogo contra turistas em um resort, em Pahalgam.
O ataque foi reivindicado por um grupo militante chamado "Resistência da Caxemira". Desde então as tensões voltaram a crescer. A Índia classificou o massacre como um “ataque terrorista” e acusou o Paquistão de estar por trás da ação. O Paquistão negou qualquer envolvimento no ataque e fechou o espaço aéreo para aviões indianos, cancelou vistos e suspendeu relações comerciais com o vizinho.
Posteriormente, três oficiais do Exército indiano relataram que soldados paquistaneses dispararam contra uma posição indiana na noite da última quinta-feira (1º). Os soldados indianos revidaram o ataque, mas não houve vítimas.
Devido os ataques na região, companhias aéreas asiáticas mudaram rotas e cancelaram voos que passam pela Caxemira.
A Organização das Nações Unidas (ONU) pediram à Índia e ao Paquistão "máxima contenção para garantir que a situação não se deteriore ainda mais".