Consumo reduzido das famílias

Confira a coluna de José Medrado desta terça (23)

[Consumo reduzido das famílias]

FOTO: Arquivo/Agência Brasil

A ICF (Intenção de Consumo das Famílias), medida pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), recuou 0,6% em fevereiro deste ano, na comparação com janeiro. Em relação a fevereiro de 2020, a queda chegou a 25,3%. Esse é o pior mês de fevereiro da série histórica iniciada em 2010. 

Na passagem de janeiro para fevereiro, cinco dos sete componentes da ICF tiveram recuo, com destaque para o momento para a compra de bens duráveis (-4,7%). Dois itens tiveram alta: perspectiva de consumo (1,2%) e nível de consumo atual (3,4%). 

Já na comparação com fevereiro de 2020, todos os sete componentes da ICF tiveram queda. As maiores retrações foram observadas no momento para a compra de duráveis (-39,6%), perspectiva de consumo (-31,7%) e renda atual (-30,6%).

O consumo é baixo é devido à elevação das cotações, de forma generalizada. Os preços sobem por pressão da demanda, que teve uma pequena retomada no último trimestre do ano passado. 

Mas tem problema de oferta, com menos suprimentos em diversos setores. São dois fatores que emburram os preços para cima e estes preços elevados faz com que a intenção de consumo caia.

As incertezas econômicas e políticas, tanto devido à pandemia, mas também por fatores externos à crise sanitária, igualmente impulsionam esta conjuntura. Tem, ainda, o hiato entre o fim do pagamento do auxílio emergencial, entre dezembro do ano passado e estes primeiros meses de 2020.


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