Planejamento barroco e pouco participativo

Confira o editorial desta segunda-feira (22)

[Planejamento barroco e pouco participativo ]

FOTO: Arquivo/Agência Brasil

Alinhado à Estratégia Nacional do Poder Judiciário 2021-2026, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou o próximo ciclo do Planejamento Estratégico. A ideia é tornar o processo de elaboração do Plano mais amplo, seguindo os princípios da gestão, de acordo com o órgão, “participativa e democrática”. Mas com ressalvas. 

Para ouvir o cidadão e saber quais iniciativas ele considera mais relevantes para a estratégia do TSE, o Tribunal faz uma pesquisa pública, que pode ser preenchida no site oficial do órgão.

São 14 perguntas, sendo 13 de múltipla escolha e apenas uma dissertativa (a última). O questionário estará disponível até amanhã. Um questionário que pode ser respondido em questão de sete minutos – caso domine termos técnicos do judiciário e da Constituição Federal.

Entretanto, vale ressaltar o vocabulário um tanto barroco para uma pesquisa que, além de ministros, servidores da Justiça Eleitoral, magistrados, advogados e membros do Ministério Público, também busca respostas da sociedade. 

O TSE informa que as respostas coletadas servirão como guia na definição e na priorização das ações estratégicas pelos gestores do tribunal, criando um pacto positivo quanto às possibilidades de atendimento às necessidades do cidadão e das demais partes interessadas.

Enfim, um importante dispositivo para se pensar na engrenagem das próximas eleições, mas apenas vistosa ou acessível para poucos, tamanha a complexidade da sua estrutura e objetivos. Deixa a velha e amarga impressão histórica, de que a população assiste de longe e anestesiados a todos os movimentos políticos do Brasil.


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