• Home/
  • Notícias/
  • Brasil/
  • Corte Especial do STJ julga nesta quarta recurso da Aneel que tenta travar os pagamentos à usina da Vale

Corte Especial do STJ julga nesta quarta recurso da Aneel que tenta travar os pagamentos à usina da Vale

Mineradora soterrada em Mariana já faturou R$ 485 mi sem gerar energia

Por Da Redação
Às

Corte Especial do STJ julga nesta quarta recurso da Aneel que tenta travar os pagamentos à usina da Vale

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar, nesta quarta-feira (6), ação onde a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pede para travar os pagamentos que são feitos mensalmente à Hidrelétrica Risoleta Neves. A usina, que não funciona desde 2015, quando foi soterrada pela lama originada pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), pertence ao consórcio Candonga, que tem a Vale como a acionista majoritária.

Mesmo sem gerar um único watt, a Vale já recebeu cerca de R$ 485 milhões desde a tragédia, como se estivesse funcionando normalmente até hoje. A usina ficava no caminho da barragem do Fundão, que rompeu e causou a morte de 19 pessoas. 

A paralisação total da Risoleta Neves levou a Aneel, naturalmente, a pedir a suspensão dos pagamentos para a usina, já que a hidrelétrica não poderia gerar mais energia. A Vale, no entanto, não só recorreu do processo administrativo da agência como entrou na Justiça e conseguiu uma decisão que mantém, desde então, o pagamento ao consórcio Candonga.

Em abril deste ano, o caso chegou a ser incluído no plenário virtual do STJ, mas acabou sendo enviado ao colegiado antes de começar a ser analisado.

Na prática, todas as usinas pagam as mensalidades para a usina Risoleta Neves, um custo que, depois, é gradativamente repassado aos consumidores de energia do Brasil, por meio da conta de luz. Os dados da Aneel apontam que a situação já gerou prejuízo direto ao consumidor superior a R$ 160 milhões.

Em parecer, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou a favor da paralisação dos pagamentos à usina da Vale. O órgão levou em consideração os dados apresentados pela Aneel, que apontam prejuízo aos consumidores, e também resgatou processo similar em que a Corte reconheceu a “ocorrência de grave lesão à ordem e à economia públicas”.

Em outubro do ano passado, o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, que é relator do caso, rejeitou um recurso da Aneel e manteve os pagamentos requeridos pela Vale, com a manutenção da hidrelétrica no chamado Mecanismo de Realocação de Energia (MRE).

A Aneel recorreu da decisão do ministro Humberto Martins, e o caso será analisado agora pela Corte Especial do STJ, composta pelos 15 ministros mais antigos da Corte.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário

Nome é obrigatório
E-mail é obrigatório
E-mail inválido
Comentário é obrigatório
É necessário confirmar que leu e aceita os nossos Termos de Política e Privacidade para continuar.
Comentário enviado com sucesso!
Erro ao enviar comentário. Tente novamente mais tarde.