Covid-19: Marcelo Queiroga vai ao Senado explicar rejeição às normas da Conitec
Depoimento está marcado para 16 de março

Foto: Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explicará a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado o motivo que levou a pasta a rejeitar as diretrizes da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec) para tratar pacientes com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O depoimento estava marcado para acontecer nesta quarta-feira (9), mas foi adiado para o dia 16 de março.
Na ocasião, Queiroga deve enfatizar que o tema está sendo revisado por ele, com auxílio de três técnicos do ministério. Os senadores, no entanto, querem saber se há chance de o ministério voltar atrás na decisão de barrar as diretrizes. Os relatórios aprovados pela Conitec, comissão técnica ligada ao próprio ministério, contraindicam o uso de medicamentos que compõem o chamado 'kit Covid' no tratamento de pacientes acometidos pela doença.
Ao não acatar a decisão da Conitec, segundo o requerimento de convocação, o ministério deixou em aberto a possibilidade do uso de remédios como a cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina. "A decisão, portanto, parece querer esconder as provas dos desvios de conduta dos agentes públicos negacionistas, protegendo-os da devida responsabilização administrativa, cível, criminal e por improbidade", diz o texto, protocolado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Além de dar esclarecimentos em relação às diretrizes, Queiroga deve ser questionado sobre a suposta demora em incluir a imunização de crianças de 5 a 11 anos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. A inclusão do público infantil veio mais de um mês depois da aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do uso da Pfizer para crianças e ainda contou com consulta e audiência pública para debater o tema.