Covid-19 nas ruas, dinheiro no bolso

Confira o nosso editorial desta quinta-feira (20)

[Covid-19 nas ruas, dinheiro no bolso]

FOTO: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Apertado, 42 a 30, e assim o Senado Federal derrubou o então – e ainda – pontual veto ajustado pelo presidente Jair Bolsonaro ao aumento de despesas com carreira, reajustes, concessão de vantagens ou criação de cargos e funções de servidores públicos. Era parte fundamental do Programa de Enfrentamento ao Coronavírus, sancionado pelo mandatário brasileiro no último 27 de maio. 

Um aumento agora se tornaria um gasto adicional de, segundo especialistas, entre R$ 121 e R$ 132 bilhões. São cifras altíssimas e de risco enorme, ainda mais neste momento, próximo ao prazo para entrega do Orçamento de 2021.

O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes, ponderou a votação e deixa um alerta ao país. “É possível que estejamos, na derrubada desse veto, impossibilitando a população do Brasil inteiro de receber a sexta parcela do auxílio emergencial”.  

Ainda falta a Câmara dos Deputados votar – as duas Casas legislativas precisam derrubar um veto para que ele seja suspenso –, mas o Senado já deu um parecer ruim, como inclusive se manifestou o ministro da Economia, Paulo Guedes. 

E não existe outra lógica à atual conjuntura do Brasil para ler o cenário que a Câmara pode sacramentar, se seguir os colegas legisladores do Senado: permitirá que recursos ao combate à covid-19 se transformem em aumento de salário.


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