Pandemia e consumo da moda

Confira o editorial desta sexta-feira (21)

Por Editorial , Erick Tedesco
Às

Pandemia e consumo da moda

Foto: Reprodução

Os modos de produção e consumo da moda estão diretamente ligados aos acontecimentos que impactam a sociedade. Na Segunda Guerra Mundial, a estilista francesa Coco Chanel revolucionou a maneira das mulheres vestirem-se com a criação da calça, o que permitiu que elas pudessem desempenhar atividades que, até então, eram restritas aos homens.

Hoje, com a pandemia da covid-19, as pessoas adquiriram novos hábitos de consumo que espelham-se na situação atual do mundo. Por certo, o consumidor tornou-se mais consciente com o meio ambiente e a sustentabilidade. Um exemplo disso é o tie dye, tendência que consiste no reaproveitamento de roupas antigas através do tingimento do tecido – aliás, uma tendência pré-pandemia, também muito atrelado à estética.

Outra novidade do setor é o tecido antiviral, que busca evitar a proliferação do covid-19. Para a proteção do consumidor, algumas marcas também passaram a oferecer a máscara como brinde após um determinado valor de compras.

Isso, na verdade, é um atributo que se leva da marca. Até marcas de luxo, como a Louis Vuitton e Chanel, fazem isso para que o seu consumidor consuma mais e possa levar um mimo, que hoje em dia nem é mais um mimo, é item de necessidade básica.

Na produção, a situação da pandemia reflete-se no valor dos tecidos e materiais, os quais, em sua grande parte, são importados da China. O aumento do valor dos materiais gera impactos tanto aos vendedores de tecido e roupas quanto aos consumidores.

A divulgação dos novos produtos e coleções das marcas também precisou adaptar-se à nova realidade. Grandes desfiles de moda migraram para o meio digital como, por exemplo, a Semana de Moda de Milão, realizada este ano pela primeira vez virtualmente. E fica sempre a pergunta: a integração das marcas com a tecnologia permanecerá no pós-pandemia?

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