CPI do Crime Organizado decide nesta terça que senador presidirá comissão; governo e oposição disputam cargo
Colegiado foi criado em junho, mas será instalado após a repercussão da megaoperação no Rio de Janeiro

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado será instalada nesta terça-feira (4) no Senado Federal após a repercussão da megaoperação realizada pelo governo do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou 121 mortos. O colegiado foi criado em junho, mas não havia começado os trabalhos até então.
O objetivo do grupo, que pretende mirar o "modus operandi" das facções criminosas, a exemplo do CV e do Primeiro Comando da Capital (PCC), é investigar a estruturação, expansão e funcionamento de milícias e facções.
A sessão de instalação que acontece hoje deve decidir quem será o senador responsável por presidir a comissão. Já o relator será o senador Alessandro Vieira (MDB), que propôs a criação da colegiado.
O governo gostaria que o comando da CPI ficasse com o Fabiano Contarato (PT) ou Jaques Wagner (PT), líder do governo no Senado. Na outra ponta, a oposição tenta emplacar Flávio Bolsonaro (PL).
A comissão vai contar com 11 titulares e sete suplentes. Entre os indicados, há figuras centrais na disputa:
Oposição
Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
Sergio Moro (União-PR)
Marcos do Val (Podemos-ES)
Magno Malta (PL-ES)
Governo e aliados
Jaques Wagner (PT-BA)
Otto Alencar (PSD-BA)
Rogério Carvalho (PT-SE)
Fabiano Contarato (PT-ES) – suplente
Randolfe Rodrigues (AP) – suplente


