CPMI do baixo nível

[CPMI do baixo nível]

FOTO: Reprodução

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Fake News (CPMI da Fake News) é uma falácia e está apequenada. O longo depoimento de ontem da deputada federal Joice Hasselmann, junto à postura de membros da mesa, incluindo do presidente do grupo, o senador Angelo Coronel, mostraram como um tema pertinente pode ser esvaziado no Congresso quando é articulado por políticos mais preocupados com holofotes, escarcéus e revanchismo do que um trabalho íntegro e focado. 

O festival de provocações ao toque de Joice não permite dimensionar sequer o que se apura nesta CPMI. Fake news, mas pulverizadas por quem? A própria deputada tem uma carreira profissional, seja no jornalismo ou na política, marcada por processos por supostos plágios e publicação de matérias com inverdades. Soa um tanto hipócrita ela apontar o dedo para qualquer outra pessoa sobre o assunto. 

As farpas que trocou ontem com a também deputada Carla Zambelli denotam a motivação sórdida de Joice em depor nesta comissão, que já não é mais das Fakes News, e sim uma verdadeira CPMI do Baixo Nível. Joice, que se gaba de ter sido a “parlamentar mais votada da história da Câmara”, negligenciou a atividade legislativa por ataques pessoais totalmente desnecessários e fora de contexto da comissão, com o único intuito de ridicularizar a, agora, “ex-amiga”. Tudo soa bastante miserável, não? 

Angelo Coronel, mais uma vez, mostrou que lhe falta pulso firme para assumir tal posto. Parecia até gostar do baixo nível que se instalou na comissão. Não se pode perder a perspectiva, caro senador, em momento algum. 

As notícias falsas, muitas com ódio embutido nas palavras e contexto, merecem mesmo o empenho do Congresso, no sentido de apurar o que existe o que é fantasioso sobre o tema. No entanto, uma comissão que se preze a isso não pode se perder entre gracejos infantis, vingança, fofoca e, claro, mentiras.


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