O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou durante entrevista coletiva que pretende vacinar as crianças contra a covid-19 em 2022, segundo ele, com a autorização necessária da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 

A aplicação dos imunizantes contra o novo coronavírus começou a quase nove meses no Brasil, e já contabiliza 47% da população adulta totalmente vacinada, adolescentes parcialmente imunizados, além de idosos, profissionais de saúde e imunossuprimidos que já recebendo a dose de reforço.

A Anvisa rejeitou em agosto, o pedido do Instituto Butantan para o uso da Coronavac em crianças de 3 a 17 anos, alegando falta de informações e documentações que comprovem a segurança e eficácia do imunizante para essa faixa etária. No entanto, autorizou o uso da Pfizer em adolescentes, com e sem comorbidades, acima dos 12 anos de idade. Até então, o governo federal não divulgou uma previsão oficial para o início da vacinação em crianças.

Alguns países da América Latina já iniciaram a vacinação em crianças pequenas. O Chile, por exemplo, imuniza o público de 6 a 12 anos com a CoronaVac desde o começo de setembro. A Argentina também já vacina crianças de 3 a 11 anos com o imunizante chinês da Sinopharm, aprovado no país para essa faixa etária desde o dia 1 de outubro.

Nos Estados Unidos, a Pfizer solicitou autorização para o uso emergencial de sua vacina em crianças de 5 a 11 anos ao Food And Drugs Administration (FDA), órgão regulador do país.

“Desde julho, casos pediátricos de Covid-19 aumentaram em cerca de 240% nos Estados Unidos, enfatizando a necessidade de saúde pública de vacinação”, declarou, em nota, Albert Bourla, presidente executivo da farmacêutica. Uma pesquisa divulgada em setembro indica que a vacina da Pfizer-BioNTech é eficaz em crianças nessa faixa etária.

A vacinação desse público é importante para a contenção do vírus em todas as idades já que as crianças são transmissoras do novo coronavírus, causador da Covid-19.