Cuba vota a favor de legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo
Resultados preliminares indicam 66% dos votos apurados a favor da nova legislação

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Cuba votou a favor de legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a adoção por casais LGBT+ e a barriga de aluguel, ao "ratificar", em referendo histórico, o Código da Família apoiado pelo governo, informou a autoridade eleitoral nesta segunda-feira (26).
Os resultados preliminares indicam uma "tendência irreversível", com 66% dos votos apurados até agora a favor da nova legislação, disse a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CEN), Alina Balseiro, à televisão estatal.
Balseiro destacou que 36 circunscrições eleitorais estão em aberto, principalmente no leste do país, devido às chuvas e ao mau tempo pela proximidade do furacão Ian.
"Com a alegria dos primeiros resultados do referendo a favor do #CodigoSí, entramos em uma semana desafiadora com o furacão #Ian muito próximo", disse o presidente Miguel Díaz-Canel em sua conta no Twitter.
De acordo com dados oficiais, 6.251.786 eleitores exerceram seu direito de voto, o equivalente a 74,01% do recenseamento eleitoral. Do total de 5.891.705 votos válidos, 3.936.790 foram pelo "sim" (66,87%), e 1.950.090, pelo "não" (33,13%).
O novo Código das Famílias cubano, que entrará em vigor imediatamente, substitui o vigente desde 1975 e define o casamento como a união "entre duas pessoas". Com isso, abre as portas para o casamento homossexual e para a adoção para casais do mesmo sexo.
Também permite o reconhecimento legal de vários pais e mães, além dos biológicos, assim como a barriga de aluguel, sem fins lucrativos, além de agregar outros direitos que favorecem crianças, idosos e deficientes.
Esta é a primeira vez que uma lei diferente da Constituição é submetida a um referendo em Cuba.


