CV possui esquema de segurança altamente organizado para proteger Doca, revela Polícia Civil

Conversas interceptadas e documentos apreendidos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ) revelaram que a facção criminosa Comando Vermelho (CV) adota um esquema de segurança altamente organizado para a proteção de Edgar Alves de Andrade, o "Doca" ou "Urso", apontado como um dos principais líderes da organização.

As informações foram utilizadas como base para a deflagração da megaoperação "Contenção", na última terça-feira (28), nos complexos da Penha e do Alemão. Cerca de 121 pessoas morreram durante a ação, categorizada como a mais letal do Rio de Janeiro.

Doca está foragido e segue sendo procurado pela polícia, que oferece uma recompensa de R$ 100 mil para quem possuir informações que levem ao seu paradeiro.

Regras impostas pelos criminosos

Segundo informações obtidas durante as investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e pelo setor de inteligência da PC, Doca era submetido a regras impostas pelos próprios criminosos, como, por exemplo, a proibição de que homens armados entrassem na casa onde ele se escondia.

Os criminosos Samuca e Tizil cuidavam da segurança de Doca. Já o controle de acesso ao imóvel em que ele ficava era supervisionado por Carlos da Costa Neves, o "Gardenal", gerente-geral do tráfico no Complexo da Penha, que também definia a escala dos seguranças.

"Rapaziada pegar a visão 2 aqui, portão do pai. Ninguém entra armado aqui dentro da casa e ninguém entra sem autorização", diz Gardenal em uma das mensagens obtidas pela PC.

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