É raro o ano em que a incidência de dengue no Brasil não beira um índice de total descontrole, com cada vez mais ocorrências para o mesmo pouco-caso quanto à gravidade da doença. Ações preventivas ainda soam como alarmismo em demasia à população.
Os registros apresentados ontem pelo Ministério da Saúde são caóticos e escancaram a fragilidade do país e sua população em combater o vírus. De 30 de dezembro a 24 de agosto, foram registrados 1.439.471 casos de dengue em todo o Brasil. A média é 6.074 casos por dia e representa um aumento de 599,5%, na comparação com 2018. No ano passado, o período somou 205.791 notificações. A Bahia é o estado nordestino onde a situação é mais grave e o quinto estado nacional com mais casos no período: 58.956.
Não tem escapatória: a proliferação é mais rápida em áreas tropicais, como é o caso do país. Viver sob o risco da dengue é algo intrínseco nos Trópicos, o que aumenta, ainda mais, a responsabilidade de cada indivíduo se informar e buscar mecanismos de proteção contra uma infecção.
Os números comprovam que, hoje, a prevenção pode salvar vidas. Atualmente, a taxa de incidência da dengue no país é 690,4 casos a cada 100 mil habitantes. No total, 591 pacientes com a doença morreram, neste ano, em decorrência de complicações do quadro de saúde. Os alertas, enfim, são atemporais: deixar as equipes da Saúde do município entrar nas residências para fiscalizar, limpar calhas, não deixar água parada e, se tiver pet, lavar, esporadicamente, as vasilhas de água.