Denúncia do MP-RJ contra Flávio Bolsonaro cita “predileção” por dinheiro em espécie em "rachadinhas"
Documento também diz que o senador aumentou o patrimônio de forma "sorrateira"

Foto: Divulgação | Veja
O documento da denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) cita que o parlamentar tem "predileção pelo uso de dinheiro em espécie” e aumentou o patrimônio de forma "sorrateira" durante a suposta participação no esquema das "rachadinhas" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Flávio Bolsonaro, o ex-assessor dele, Fabrício Queiroz, e mais 15 pessoas foram denunciadas por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita no esquema das "rachadinhas", quando funcionários devolvem parte dos salários para o parlamentar.
No documento enviado à Justiça, o procurador Ricardo Martins, que assina a denúncia, diz que Flávio “fazia pouquíssimo uso de serviços bancários como cartões de crédito e débito”. Entre 2007 e 2009, o senador gastou pouco mais de R$ 7 mil com faturas de cartão de crédito, em uma média mensal de R$ 195, e realizou investimentos provenientes de “fontes estranhas”.
O MP-RJ também aponta que Flávio Bolsonaro pagou em espécie R$ 90 mil em para uma corretora de ações, comprou 12 salas comerciais em um condomínio na Barra da Tijuca e desembolsou R$ 262 mil no mesmo período. Segundo o órgão, “os extratos bancários do ex-Deputado não registraram nenhum débito que fosse compatível com as datas e valores dos recebimentos informados pelas imobiliárias”.
Em defesa, Flávio Bolsonaro disse que o MP-RJ comete uma "série de erros bizarros" e que a denúncia contra ele "não passa de uma crônica macabra e mal engendrada". Ele nega todas as acusações.