Editorial
FOTO: Gilberto Junior
A greve da Polícia Militar na Bahia, desencadeada pelo deputado estadual Soldado Prisco na última terça-feira (8), já resultou em diversos eventos que podem ser classificados entre bizarros e terroristas, que mostram a fragilidade de autoridades da política do Estado em lidar com algo tão peculiar, tão grave.
O governador Rui Costa, como autoridade máxima na Bahia devido ao cargo que ocupa em segundo mandato, parece não estar devidamente atento e preparado (nesta altura da polícia?) para tratar com serenidade o irresponsável movimento grevista da segurança pública do estado.
Na mídia, esbravejou contra o agitador Prisco e inclusive, vejam só, acusou o movimento de “político-partidário”, veementemente negado pelo parlamentar, entretanto, como desvincular um movimento grevista deste porte e contra uma instituição ligada ao Estado de uma subjetiva articulação política? Mas como, também, Rui, que foi um agitador grevista, vai apontar agora por algo que fez semelhante no passado?
O Carvalho já comentara na última quarta-feira (9), no epicentro da confusão de informações: Rui ficou visivelmente descontrolado no momento em que a greve ainda era uma possibilidade. A política ensina: discursos passionais fragilizam e evidenciam a falta de pulso firme, reforçando, ainda mais diante de uma sensação de insegurança da população na então eminência de ficar, como parcialmente está, sem o efetivo policiamento nas ruas.
Nada tira a irresponsabilidade de Prisco em pleitear melhoras à categoria em deixar o estado sem a força policial no patrulhamento, ele e a população bem sabe que violência é um problema seríssimo na Bahia; mas Rui, até o momento, ladra e não morde. Empurra a greve para os ministérios estadual e federal, apela à polarização partidária e se mantém longe de uma negociação que se espera de um governador. Ao que parece, Rui, a greve não está apenas no ‘zap’.
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