Desemprego aumenta 12,6% em abril e atinge 12,8 milhões de pessoas no Brasil
População ocupada teve queda recorde de 5,2%, representando 4,9 milhões de pessoas

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O desemprego no Brasil aumentou para 12,6% no trimestre encerrado em abril, e atingiu 12,8 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) divulgada na manhã desta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O resultado do levantamento representa uma alta de 1,3 ponto percentual na comparação com o trimestre encerrado em janeiro deste ano. Sendo assim, o número de pessoas que procuram emprego aumentou em 898 mil em três meses, mesmo com os impactos provocados novo coronavírus (Covid-19)
A pesquisa ainda revela que a população ocupada teve uma queda recorde de 5,2% em três meses e encolheu para um total de 89,2 milhões de brasileiros, sendo que no trimestre encerrado em janeiro o número era 94,1 milhões.
"Um indicador que reflete os efeitos da pandemia de Covid-19 no mercado de trabalho, a população ocupada teve queda recorde de 5,2%, em relação ao trimestre encerrado em janeiro, representando uma perda de 4,9 milhões de postos de trabalho, que foram reduzidos a 89,2 milhões", destacou o IBGE.
Impactos no emprego formal e informal
Em entrevista ao G1, a analista da pesquisa Adriana Beringuy disse que os efeitos da pandemia puderam ser sentidos tanto nos trabalhadores informais quanto entre os que possuem carteira assinada.
“Dos 4,9 milhões de pessoas a menos na ocupação, 3,7 milhões foram de trabalhadores informais. O emprego com carteira assinada no setor privado teve uma queda recorde também. A gente chega em abril com o menor contingente de pessoas com carteira assinada, que é de 32,2 milhões”, destacou.
O número de taxa de trabalhadores informais ficou em 38,8% (34,6 milhões de pessoas), recuando para o menor nível na série histórica.
Medidas de manutenção do emprego
Para que esse número não cresça, o governo federal baixou, no começo de abril, uma Medida Provisória que autorizou a suspensão do contrato de trabalho por dois meses, ou a redução da jornada de trabalho com corte de salário de até 70% por um período de até três meses.
O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda prevê que o trabalhador permanecerá empregado durante o tempo de vigência dos acordos e pelo mesmo tempo depois que o acordo acabar. Os números do Ministério da Economia mostram que, até essa quarta-feira (27), mais de 8,1 milhões de trabalhadores aderiram ao programa.