Hoje é o Dia D da vacinação contra o sarampo em Salvador. O sinal amarelo está ligado na Bahia, que já registrou ao menos 169 casos da doença, segundo a Secretaria de Saúde do Estado, apensar de já ter descartado 96 e apenas um confirmado. Não apenas em terras baianas, mas o sarampo assusta numa amplitude maior e que reposiciona, mais uma vez, o debate da importância da imunização e cuidados que se deve ter em municípios com o chamado “surto ativo”.

O alerta, aliás, é válido para toda a América. A mais recente atualização epidemiológica da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que reuniu dados disponíveis até 7 de agosto, aponta expressivos 2.927 casos de sarampo neste ano. A doença foi identificada em 14 países, de 1º janeiro a 27 de julho. O maior número de episódios da infecção foi registrado nos Estados Unidos (1.172), seguido pelo Brasil (1.045) e Venezuela (417).

Contra o surto, é imprescindível o esforço dos governos – em todas as esferas públicas – para manter a cobertura vacinal da população-alvo em pelo menos 95%. Para tanto, cada indivíduo deve tomar duas doses da vacina, segundo o calendário vacinal de cada país.

De acordo com a agência da ONU, a incidência atual do sarampo é 70% maior do que a registrada em 18 de junho, data em que a atualização epidemiológica anterior foi publicada. O momento preocupa e requer, mesmo, uma vontade e compreensão também da sociedade sobre o assunto. A vacinação é a melhor precaução contra boatos e alardes espalhados pela internet. A bobagem é dar margem ao sarampo e outras doenças.