Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa
Confira o editorial desta sexta-feira (21)

Foto: Divulgação
O Brasil celebra nesta sexta-feira (21 de janeiro) o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, instituído por lei federal de 2007.
Somo um país laico, ou seja, o Estado Brasileiro não possui uma religião oficial, como acontecia até a Proclamação da República. Isso, no entanto, não significa que o Brasil é um país laicista, que é contrário à religião.
Todas as expressões religiosas devem ser igualmente respeitadas e protegidas, assim como a opção de não ter nenhuma religião.
Aliás, a intolerância religiosa é considerada crime. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito em razão da religião é um fato que pode levar o infrator a cumprir pena de reclusão de 1 a 3 anos, além de multa.
Neste contexto, o combate à desinformação é uma relevante ferramenta na luta pelo fim da intolerância religiosa. Por meio do conhecimento, é possível romper as barreiras do preconceito e assegurar a todos o livre exercício dos cultos religiosos.
A data, inclusive, nasce a partir de um crime de preconceito religioso. Homenageia a baiana, de Itapuã, Yalorixá Gildária dos Santos, a Mãe Gilda, do Axé Abassá de Ogum, que foi vítima de diversas agressões, verbais e físicas.
A Yalorixá se tornou um importante ícone da luta contra a intolerância religiosa, bem como um grande símbolo da resistência e afirmação das religiões de matriz africana.
Casos de violência e intolerância religiosa devem ser combatidos diariamente com conscientização e respeito, para que o preconceito não leve a mais casos como os vividos por Mãe Gilda.