Editorial
FOTO: Reprodução/Reuters
A tensão que se esperava na reunião do G7, no balneário francês de Biarritz foi por água abaixo, junto à pretensão do anfitrião, o presidente da França, Emmanuel Macron, em minar o Brasil e o histórico acordo em curso entre a União Europeia e o Mercosul. O encontro que reuniu os principais líderes mundiais, mais os convidados de Espanha e Chile, trabalhou com diplomacia e responsabilidade para definir a ajuda aos incêndios na Amazônia.
O tema dominou as conversas da cúpula do grupo, ainda mais depois dos contornos obscuros e de interesses alheios do mandatário francês na última sexta-feira (24), com displicentes acusações inclusive ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
O Reino Unido, por exemplo, anunciou que vai dobrar a contribuição para o Fundo Amazônia. Os resultados serão oficialmente anunciados hoje, mas já dá para comemorar o simples fato do ranço de Macron não ter contaminado os outros líderes, que atuaram com parcimônia.
Diálogo e cooperação são o que de fato o Brasil precisa neste momento, além, de claro, agilidade para, internamente, identificar culpados pelos incêndios que se alastraram pela floresta. O cunho criminoso é latente.
No entanto, é preciso ponderar até mesmo este diálogo apaziguador de certos líderes europeus e até mesmo do mandatário norte-americano, Donald Trump, na tentativa de ajudar o Brasil à por fim nos incêndios na Amazônia. Os interesses sempre rondam tais relações internacionais. Os EUA tentam convencer Bolsonaro a impor sanções ao Irã, uma medida um tanto amarga, afinal, a balança comercial do Brasil com o país do Oriente Médio ainda é de superavit. A Alemanha, por sua vez, tem amplos interesses em exportar maquinário ao Mercosul.
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