Divulgado hoje que fóssil com 3,8 milhões de anos foi encontrado na Etiópia
Este achado supera “Lucy”, o fóssil mais antigo até agora.

Arqueólogos encontraram, em 2016, o fóssil de um crânio de um antepassado do homem com 3,8 milhões de anos na Etiópia. Achado só foi divulgado hoje, 28 de agosto de 2019. Encontrado na década de 70, o popular crânio conhecido como “Lucy”, era o fóssil mais antigo que se tinha notícia. Ambos foram encontrados na mesma região.
O crânio completo fossilizado oferece novas informações sobre a morfologia crânio-encefálica do “Australopithecus anamensis”, a espécie de hominídeo do gênero dos australopitecos, que vinha sendo datada entre 4,2 e 3,9 milhões de anos.
A equipe de pesquisadores que trabalhou na análise dos fósseis, que foram descobertos em fevereiro de 2016 na região de Afar, na Etiópia, admite que o “Australopithecus anamensis” terá coexistido durante cerca de 100 mil anos com uma outra espécie de australopiteco, que a sucedeu, a “Australopithecus afarensis”, da qual foi encontrado em 1974, na mesma região, o fóssil "Lucy", com 3,2 milhões de anos.
Ambos os fósseis foram descobertos por peritos do Museu de História Natural de Cleveland, nos Estados Unidos, que divulgam, em comunicado, os resultados do estudo do fóssil do crânio, também publicados na revista científica Nature.
Segundo o comunicado do museu, o crânio fossilizado, o primeiro da espécie “Australopithecus anamensis” descoberto até hoje, está datado no intervalo de tempo entre 4,1 e 3,6 milhões de anos, em que os fósseis dos antepassados humanos são "extremamente raros", especialmente fora da jazida paleontológica de Woranso-Mille, na região etíope de Afar.