Dono do Banco Master está no centro de uma disputa milionária por imóvel adquirido em Trancoso, na Bahia
Vorcaro está preso no âmbito de uma investigação que apura a emissão de títulos de crédito sem lastro

Foto: Banco Master
O empresário Daniel Vorcaro está sendo processado por um corretor de imóveis que intermediou a compra de um imóvel na cidade de Trancoso, na Bahia. O corretor exige o valor de R$ 18 milhões, valor da comissão após intermediar a venda da propriedade de luxo. O complexo tem 40 mil metros quadrados e está localizado dentro de um condomínio na cidade.
A casa, negociada por R$ 300 milhões, pode acomodar até 23 pessoas, contando com 5 bangalôs de dois andares, 12 suítes, uma casa maior com 5 suítes, além de espaços como churrasqueira, academia, etc.
De acordo com o jornal Extra, do grupo Globo, Vorcaro e família eram hóspedes frequentes, até ele adquirir o imóvel como investimento.
A exigência do corretor veio à tona após o banqueiro Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master ser preso pela Polícia Federal na noite de segunda-feira (17), no aeroporto de Guarulhos, quando se preparava para embarcar em um voo internacional.
A detenção ocorreu no âmbito de uma investigação que apura a emissão de títulos de crédito sem lastro por instituições financeiras ligadas ao grupo. Esses papéis teriam sido repassados a outra instituição bancária e, após questionamentos do Banco Central, substituídos por ativos cujo valor não passou por avaliação técnica adequada.
Vorcaro é investigado por gestão fraudulenta, gestão temerária e por suspeita de integrar um esquema organizado voltado para manipular carteiras de crédito. A situação financeira crítica do Banco Master, que levou o Banco Central a determinar sua liquidação, também reforçou as suspeitas sobre a condução do negócio. Outro alvo da operação foi Augusto Lima, sócio de Vorcaro no Banco Master, e a PF também realizou buscas na sede do BRB, em Brasília, que vinha negociando a aquisição da instituição ao longo deste ano.
No pedido de liberdade, a defesa de Vorcaro destacou que não há necessidade de manutenção da prisão do banqueiro, já que o Banco Master foi liquidado pelo Banco Central (BC).
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