Elevação do desemprego entre jovens brasileiros bate recorde
Vários indicadores mostram uma diferença histórica entre a taxa média e a de jovens de 18 a 24 anos

Foto: Thiago Freitas / Extra/Agência O Globo
Por causa da falta de experiência, jovens com idade entre 18 e 24 anos, enfrentam as piores condições no mercado de trabalho do que pessoas com mais idade. A diferença entre a taxa de desemprego dos jovens nessa faixa etária e da média dos brasileiros ativos atingiu 16,4 pontos percentuais no segundo trimestre deste ano, em meio a pandemia do coronavírus.
Os dados, mostram que mesmo antes da pandemia, por falta de escolaridade adequada, jovens perdem espaço no mercado de trabalho. No início de 2012, o nível de ocupação dos trabalhadores na casa dos 20 anos era, ligeiramente, maior do que a registrada pela média dos brasileiros em idade ativa.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílios Contínua, os profissionais que se graduaram no auge da crise registraram perdas de renda persistentes relativas a trabalhadores que conseguiram seus diplomas em períodos de expansão, anteriores ou posteriores.
Embora desde março e abril o número desemprego tenha aumentado para todos no país, a alta teve indicador considerável entre os jovens. Entre janeiro e março de 2020, 61% dos brasileiros em idade ativa estavam ocupados ou buscando uma vaga, já no segundo trimestre, essa parcela recuou para 55,3%.
Entre mulheres, os dados caíram de 52,1% para 46,3%. O recuo de 5,8 pontos percentuais ficou um pouco acima da queda de 5,3 pontos percentuais da taxa de participação masculina, que foi de 70,8% para 65,5%.