Entidades que representam caminhoneiros planejam greve a partir de segunda-feira (1º)
Trabalhadores alegam que condições de trabalho estão piores que em 2018

Foto: Reprodução/Congresso em Foco
Os caminhoneiros planejam uma nova paralisação por tempo indeterminado, começando a partir desta segunda-feira (1º). A categoria reivindica melhores condições de trabalho, protesta contra o aumento do preço do combustível, o marco regulatório do transporte marítimo (BR do Mar) e cobra direito a aposentadoria especial, entre outras pautas. A decisão de promover a greve foi tomada em dezembro do ano passado, em assembleia geral extraordinária do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC).
O conselho reúne 40 mil caminhoneiros em São Paulo e tem afiliados em outros estados. Entretanto, como são várias as entidades que representam a categoria, ainda não se sabe que tamanho terá a mobilização. Em 2018, no governo do ex-presidente Michel Temer, o grupo realizou uma paralisação que durou dez dias, afetando o sistema de distribuição em todo o país.
Dessa vez, segundo Plínio Dias, presidente do CNTRC, a situação é "pior" do que a que levou à mobilização naquele ano eleitoral. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez um apelo aos motoristas para que adiassem a greve. Bolsonaro declarou que o governo estuda alternativas para reduzir o PIS/Cofins e, por consequência, o preço do diesel, no entanto, o presidente ressaltou que a saída não será fácil.
Dias estima que até 80% dos caminhoneiros podem aderir à mobilização, que também recebe o apoio da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). Tanto o CNTRC quanto a FNP são ligadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT). "As nossas pautas, que a gente trabalhou em 2018, a gente ganhou e não levou. O que funciona é só o eixo erguido do pedágio, pra não pagar. Todas as reivindicações de 2018 não vingaram, só uma, que é a do eixo erguido", explicou.