A pandemia provocou mudanças repentinas nas relações pessoais e profissionais. Não terminou, mas a flexibilização da quarentena e a reabertura gradativa de diversos serviços fizeram com que a sociedade começasse a se preparar para a pós-pandemia. Na medida em que se percebe certa estabilização nos números da covid-19, muito tem se falado em um “novo normal”.

O conceito de novo normal, na verdade, não é inédito e nem surgiu por causa do novo coronavírus. O termo foi abordado em 2009, por observadores do mercado econômico, referindo-se à adaptação dos Estados Unidos ao pós-crise de 2008.

A definição de “novo normal” está associado a uma mudança drástica da sociedade que agora está em busca de melhor compreender as mudanças trazidas pela pandemia. Houve nos últimos meses,  uma transformação substancial no modo de fazer as coisas. 

Tudo que é novo nos assusta, gera medo e ansiedade, mas é preciso ressignificar o conceito de normalidade; o mundo é o mesmo, mas com muitas limitações.

As profundas mudanças na vida em sociedade, nos hábitos de consumo e no mercado de trabalho, além do próprio confinamento, aumentaram, no entanto, a incidência de transtornos de ansiedade, insônia e depressão na população. 

Percebe-se um crescimento elevado do uso de medicamentos para estas patologias, mas a melhor maneira de lidar com estes problemas é criar uma agenda de afazeres prazerosa, conversar sobre seus sentimentos, praticar exercícios e ter uma alimentação saudável.  

Se por um lado a possibilidade de encarar o novo assusta, por outro observa-se a rapidez com que as pessoas se adaptam à realidade. Usar máscara, por exemplo, antes da pandemia ninguém fazia isso, hoje encaram com mais facilidade. O ser humano é, essencialmente, um ser adaptativo. Não pode ignorar a realidade, tampouco se desesperar por ela.