Editorial
Confira o editorial deste domingo (13)
FOTO: Arquivo/Agência Brasil
O Setembro Amarelo é dedicado para levar mais informações sobre o suicídio tema à sociedade. A prevenção do suicídio deve ser diária, em especial durante a pandemia da covid-19, quando as incertezas como o desemprego, o medo do vírus e de perder entes queridos e a crise econômica colocam desafios nunca antes vividos pela humanidade, causando, em muitos casos, agravamento da saúde mental das pessoas.
Especialistas apontam que a prevenção passa por cultivar sentidos na vida, construir uma perspectiva que “valha a pena”. As formas de ajudar estão na presença acolhedora, apoio social e familiar, além de profissionais e instituições de saúde mental. É auxiliar a pessoa a criar uma gravidade existencial (uma perspectiva, um jeito de olhar e viver a vida) na qual nem mesmo a dor ou o sofrimento sejam um empecilho para tanto.
Dividir as frustrações e emoções por meio da fala também é outro fator essencial na prevenção. Nesse sentido, o CVV (Centro de Valorização da Vida), por exemplo, é uma ferramenta primordial. Por meio do telefone 188, os voluntários oferecem apoio sem julgamento gratuitamente 24 horas.
Nem todos os casos de suicídio ou tentativa apresentam sinais. A medicina indica que 3% dos suicídios que eles são cometidos por pessoas em desespero. Acontece alguma coisa muito grave e ela não pensa, então não tem como prever. Mas existem outros dois grupos de risco que apresentam alguns sinais de alerta: risco agudo, quando “alguma coisa aconteceu, está com uma angústia existencial muito forte”, e o crônico, que está associado a um distúrbio mental.
Outros sinais, como quando a pessoa passa a se isolar, engorda ou emagrece muito, dorme muito ou não consegue dormir. A pessoa que começa a não ver mais prazer em nada. Coisas que gostava e agora não vê mais prazer. Começa a arrumar as coisas, se despedir das pessoas, a ter pressa para resolver burocracias que antes já estavam atrasadas – são sinais importantes.
Esses sinais podem aparecer em qualquer idade, desde idoso até adolescente.E é quando entra os fatores de proteção. Precisa-se aumentar o contato com família e amigos, buscar seguir tratamento adequado para doença mental, [ter] envolvimento com atividades religiosas ou com amigos, iniciar atividades prazerosas que tenha algum significado.
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Lívia Rebouças de Jesus, de 36 anos, vive no território gaúcho há nove anos com o marido e o filho.
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