Esforços e avanços contra a estagnação

Confira o nosso editorial desta quinta-feira (27)

[Esforços e avanços contra a estagnação]

FOTO: Reprodução / Agência Brasil

Ainda um pouco distante do enfadonho – nome do pertinente e bem articulado evento organizado pelo governo federal na última segunda-feira (24), ‘Brasil vencendo a covid-19’, é evidente que existem contundentes e imprevisíveis percalços para se atingir a reta final contra a doença do novo coronavírus. 

Os possíveis casos de reinfecção pelo mundo, inclusive alguns já em análise no Brasil, por certo assustam e mantêm o alerta ligado. Existe, ainda, uma eminente ansiedade geral em torno da confirmação de uma vacina, assim como a população mundial quer, logo, voltar à normalidade – sem essa de ‘novo normal’, pessoas desejam e precisam viver sem amarras, sem poréns, apesar de, no momento, saber que esta é uma realidade – somente ainda – distante. 

Mas é preciso evidenciar todos e quaisquer esforços e avanços neste combate, seja dar voz a médicos (ouvir especialistas e aprender com tem prerrogativas sobre saúde é praticamente uma obrigação do indivíduo durante uma pandemia), como no citado evento no Palácio do Planalto, até pesquisas que se debruçam em algo específico sobre o vírus.

Um destes testes que merecem realce acontece no interior de São Paulo, na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu. Pesquisadores rastreiam assintomáticos da covid-19 por meio da saliva. A nova metodologia, que está sendo incorporada à rotina de trabalho das pessoas que atuam na unidade para evitar surtos da doença, ajuda a identificar pacientes assintomáticos e, se aplicada de forma periódica, tem potencial para agilizar o retorno seguro às atividades presenciais.

A análise é feita por grupos, o que amplia a escala da testagem. Se todos derem negativo para a doença do novo coronavírus, as pessoas ficam liberadas para trabalhar até o próximo teste. Se houver identificação do SARS-CoV-2 em algum dos grupos que se submeteram ao teste de rastreamento, todas as salivas daquele grupo passarão por teste complementar para descobrir a(s) pessoa(s) infectada(s). Identificado o colaborador com a carga viral, ele é afastado do trabalho e os colegas passam a ser alvos de um monitoramento mais rigoroso nos dias seguintes ao resultado.

É, aparentemente, um protocolo que dá uma certa segurança para as pessoas assintomáticas. Como estão – mais uma vez, aparentemente – saudáveis, elas normalmente não entrariam no fluxo de diagnósticos e seguiriam circulando com a presença do vírus. A pesquisa parece promissora, longe ainda da reta final, mas um esforço num momento crucial da corrida contra a paralisia da sociedade causada pelo vírus.


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