Especialista explica por que algumas pessoas se infectam no intervalo entre a 1ª e a 2ª dose da vacina
Mesmo vacinado, indivíduos devem seguir com cuidados básicos sanitários

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Tem crescido o número de pessoas que receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e no intervalo para a segunda aplicação, se infectaram com o vírus e pegaram a doença. No Brasil, por enquanto, apenas dois imunizantes estão sendo utilizados: a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butatan, e a CoviShield, produzida pela Universidade Oxford e Fundação Oswaldo Cruz.
Porém, ambos precisam de duas doses para oferecer um nível de proteção suficientes para combater o coronavírus. E entre a primeira e a segunda dose, é necessário aguardar um intervalo que varia de 14 a 28 dias (CoronaVac) ou três meses (CoviShield).
De acordo com a médica e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, independente da tecnologia que seja usada na produção da vacina, nenhum imunizante será capaz de proteger em menos de 14 dias. "Nenhuma vacina disponível, para essa ou qualquer outra doença, é capaz de proteger, mesmo que parcialmente, em menos de 14 dias após a aplicação das doses", conta.
"E mesmo quem recebeu as duas doses, não está liberado para ter uma 'vida normal'. Pelo que sabemos, a vacina protege contra o adoecimento e as formas mais graves da Covid-19, mas as pessoas imunizadas podem continuar a transmitir o vírus para outras", completa Ballalai.
Logo, uma pessoa que tomou apenas uma dose da vacina contra a Covid-19 não está protegida contra a doença. E mesmo aquelas que já receberam a dose, precisam seguir com os cuidados básicos de prevenção (uso de máscara, distanciamento social, lavagem de mãos…) pelo fato de ainda poder ser um potencial transmissor do vírus.