Esquema de cigarros falsificados movimentou R$ 70 milhões em 10 meses, aponta MPF
Ao todo, 36 pessoas são investigadas pelo órgão

Foto: Divulgação
Uma investigação do Ministério Público Federal (MPF), que apura a produção de cigarros falsificados no Rio de Janeiro e o uso de mão de obra escrava, mostra que somente uma das empresas de fachada ligadas ao grupo movimentou cerca de R$70 milhões em 10 meses, em 2020.
A denúncia contra 36 investigados aponta que a movimentação ocorreu em contas bancárias e também por meio de um grande volume de transações com dinheiro em espécie.
Segundo a investigação, o grupo atuava de forma organizada e em núcleos. O uso de empresas de fachada visava despistar o envolvimento dos integrantes no esquema. Elas emitiam, por exemplo, notas frias e atuavam no braço responsável pela lavagem de dinheiro.
A investigação foi instaurada a partir de denúncia sobre o uso de mão de obra escrava em fábricas de cigarro clandestinas.
De acordo com o MPF, a organização operava em pelo menos três endereços, nas cidades de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e em Paty do Alferes, na região serrana do estado.